29/01/2008

Dia nublado. Tom cinza domina o céu. Não é cinza. É um sem cor que não consigo definir. E não cai um temporal. Nem garoa. Só uma chuva intensa, que não é forte nem fraca. É intensa. Constante. E molha tudo. Não tenho medo de me molhar. Mas hoje prefiro ficar em casa. Ouvir minhas músicas. Ver meus filmes. Escrever, ler... dormir e me esconder. O meu edredom me protege do mundo. É minha capa de chuva. Depois de tudo que vivi nesses dias, dos sentimentos que revivi, das pessoas... das emoções... Depois de ver o quanto posso ser injusto e idiota. Depois de ver o como eu amo e me emociono. Depois te ter me exposto tanto. De passar noites em claro na companhia de quem eu queria. De ver o dia surgir com um colorido jamais visto antes. Agora sinto saudades de tudo que vivi. Tive um bom mês. Um bom primeiro mês do ano. Não foi perfeito e maravilhoso. Não fui integralmente feliz, como eu desejo ser um dia, como eu acredito que não se pode ser, mas como eu continuo buscando. Burrice? Talvez. Não sei. Sinto falta de tudo que passou. De tudo que foi bom, é claro. E meus últimos dias foram ótimos. Esqueci da minha vida de todos os dias. O que uma estrada não faz por uma pessoa! Todo mundo deveria viajar pelo menos um fim de semana por mês. Fugir da própria vida, às vezes, é bom. Agora que voltei me sinto um pouco perdido. É como se eu tivesse que começar tudo novamente. Assim como a cada novo ano as esperanças de um ano melhor se renovam. Eu acredito nisso. O que descobri nesses dias é que essa esperança pode se renovar a cada dia. Isso é fantástico! E é tão óbvio. Só que precisamos descobrir isso sozinho. Sinto uma falta do que vivi. Em dias como esses fico mais reflexivo, eu acho. Hoje quero ficar com minhas lembranças. Sinto-me bem asim.

2 comentários:

Anônimo disse...

Os dias chuvosos realmente se tornam nostálgicos... mas, viver intensamente o presente é o melhor que poderíamos fazer.

carolina disse...

e tem gente que acha que isso é pessimismo.