18/06/2008

Divagação: a um instante do fim

Cada vez me afasto mais daqui. Vejo a hora em que isso tudo irá explodir. Será que é isso que explode? Acho que não, é apenas o reflexo. Trabalho e trabalho e trabalho me cansa. E hoje não sou o mesmo de ontem. E não pelo dia normal que foi ontem, mas pelo dia anterior, onde vi muita coisa que não pode me deixar ser mais o mesmo. E pensei em escrever sobre tudo que vi, mas não interessa muito a vocês, suponho. Guardo a mudança aqui dentro e ninguém me reconhece mais, porque por fora a pele não está envelhecida apenas pelo tempo. Meu papo cansou vocês e eu me cansei do meu papo. Cansei de acender lenha para fazer fumaça, não adianta, dessa ilha ninguém pode me ver. Pensei em mandar um e-mail mesmo, mas não me ligariam. Já tiveram oportunidade. Mais de uma, eu diria. Continue daí, pode ser mais fácil e cómodo pra você me culpar por tudo. Por isso sou o careta, o obsoleto-planejador. Daqui pra frente contarei os dias em forma decrescente. Talvez eu lhe mande flores quando partir e um postal de lá. Vou sentir sua falta, mas não posso mais tolerar suas acusações. E não suporto mais me culpar por ver tudo como está e não poder mudar. Tem dias que são transformadores. Não pensem que hoje foi um deles. Nem ontem. A transformação começou e já não podemos parar. Alguns instantes antes do fim, eu acho. Eu acho. Não quero mais achar nada. Quero apagar a luz e recomeçar. Farei isso... é farei! yey! Quando os dias zerarem e o jogo empatar posos tirar os óculos escuros.

Um comentário:

aline disse...

abandone um a um os fardos que te pesam... e chegue ao teu fim um pouco mais leve!

porque não importa o quanto vivas e por onde te levam teus pés... o que importa é chegar ao fim com a tranquilidade dos que sabem partir!

abraços!