19/09/2008

sempre soube que não era uma menina obediente, mas ainda assim resolvi testar meu poder sobre você: pedi-lhe para nunca escrever sobre nós dois. não sei como eu reagiria ao desdém característico das suas palavras ou ao desfecho fantástico das suas histórias em que sempre é a única vitoriosa. talvez você não enxergue que às vezes é preciso perder e que ordens servem pra não serem cumpridas. talvez eu esteja certo com minha teoria sobre esse personagem que criaste, o seu e o meu, e na verdade só existe nós dois. talvez um dia páre de me torturar com suas mãos vingativas, da cor que tem que ser a vingança, com todo sangue derramado pelo chão do quarto. dessa vez não deixaste recado no espelho, quebrado na nossa última briga, simplesmente porque resolveu ficar, preparava nosso café e um mimo pra mim, seu único motivo para sorrir. talvez me pergunte se essas palavras são pra você e eu, usando de todo meu cinismo direi que não, chamarei-a de pretensiosa e revelarei a identidade da minha remetente. essas linhas não são pra você, mulher, e sim para todas. o leite ferve e transborda no fogão.

2 comentários:

[P] disse...

Eu sou "TODAS elas juntas num só ser"...

[Pretensão mais escandalosa, mas você há de concordar que o post pedia algo à altura, homem]

aline disse...

tá! mas eu quero figurar entre as dez mais.