Parecia uma cena de Hollywood. Os passos seguiam pela rua, a música tocava em apenas um dos fones de ouvido, o outro já não funciona mais como antes, era uma quarta-feira e o dia estava apenas começando para ele, apesar de já ter metade das suas horas consumidas por Chronos.
Corta!
Pois é, a cena seguinte seria aquela em que uma mulher linda, cabelos contra o vento, sorriso perfeito e seios fartos sorria pra ele e sem titubear o beijava. Mas não foi isso o que aconteceu. Não na quarta. Não dessa vez.
O maldito motorista de ônibus passou e fez toda água acumulada em poças na rua pular em direção ao seu corpo, molhando-o da cabeça aos pés, seja como for. Por alguns dois minutos ele soutou bons palavrões, como se libertasse o ódio que sentia pelo acontecido. O putaqueôpariu foi anestesiante. Depois apenas resmungou ao senhor que estava ao seu lado, por solidariedade a outra vítima molhada. Depois riu e passou a exercitar o desprendimento.
Mas digo-lhes, meus amigos, não foi fácil.
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