"dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos" josé saramago
18/01/2009
Sobre "estar vivo" ou sobre "ser jovem"
depois de uma pizza do tamanho da fome caminharam por onde os passos poderiam lhes levar, pelo caminho tão familiar, repleto de recordações, com seus prédios imponentes, cristais milagrosos, montanhas doces e rua coberta de folhas e flores amarelas. tudo isso em pleno verão. a lua que se escondia resolveu aparecer e brindou-lhes com um céu repleto de cores. os diversos tons de cinza eram alegres e confundiam-se com o vaivém das ondas. ela caminhava sem deixar seus passos na areia, ele cantava uma música de amor, todas as músicas são de amor. pra ela era a celebração de mais um aniversário, pra ele uma oportunidade de exercitar o "estar vivo", o "ser jovem". a chance de conversar sem roteiro ajuda-os a afastar os fantasmas que os acompanham, teimosos que são. o dia não clareou porque isso não era o mais importante. vale o processo, o "estar juntos", porque a vida não é como nos filmes. escolheram seguir sem o roteiro, já disseram, recusaram-se ser como eles, que conversam sem o brilho no olhar e preferem as certezas da vida. são diferentes, sabem disso, celebram mais uma noite que os abraça sem os dar chão, que os abraça, suspende seu corpos e os gira até o dia em que amanhecerão no velho mundo. e aqui o sol ainda brilhará.
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