04/06/2010

sobre tudo e sobre nada

sabe aquele papo de que no lugar das matérias de jornais e revistas censuradas na ditadura os editores colocavam receita de bolo etc.? então, o post de ontem lembrou-me isso. não foi nada planejado, obviamente, mas eu me autocensurei. fiquei preocupado com isso, pois em algum tempo posso voltar a este post e achar que estava pensando no cheiro da minha mochila no dia 3 de junho, mas não, não era bem isso que habitava minha mente. este post, mais que um esclarecimento para meus cinco leitores, é um alerta para mim. tem acontecido (ou não acontecido) tanta coisa que nem sei sobre o que escrever. antes que alguém me encontre na rua e pergunte as novidades, pautando-se pelo que escrevi aqui, um breve informe: tem acontecido muita coisa sim comigo, mas no plano das ideias - penso muito em tudo, o que provoca um desgaste mental etc. não se trata de nada concreto, mas tudo muito real. entende?

tomo resoluções todos os dias: comer menos, fazer exercícios, dormir mais cedo, apagar meu orkut, desinstalar o messenger do computador - coisas que faço, outras que mal lembro depois de cinco minutos. dessa vez espero que seja diferente: decidi cuidar mais de mim, pensar mais em mim e fazer o que eu quero. sendo assim, preciso voltar a estudar francês e aprender a tocar gaita. é o que me vem na cabeça imediatamente. não sei se volto para a aliança ou se arrisco um professor particular. flexibilidade de horário era tudo que eu precisava no momento, talvez seja melhor optar pela segunda possibilidade. alguém conhece um professor de gaita? quanto custa uma? não tenho ideia. e de francês?

esta semana decidi não fazer doutorado, pelo menos não agora. ainda não decidi não fazer admnistração, mas chego lá. falta decidir o que fazer após fevereiro de 2011, mas né?, falta muito e por agora não posso fazer mais nada, nem pensar no que farei depois (mentira). numa das minhas crises meu-deos-o-que-farei-ano-que-vem-? uma professora me disse que era preciso não ter medo do mercado de trabalho. ela tem razão. e eu sou muito corajoso, tenho muito orgulho disso. é preciso ter muita coragem para fazer algumas coisas que precisam ser feitas, ainda que a derrota esteja decretada ou pelo menos pareça estar. mas eu venci ao não seguir a orientação de todo mundo, mas sim o que eu sentia que deveria ser feito. talvez agora eu consiga seguir, mas antes não. autoconheciemnto, meus caros. mas a verdade é que só fiz o que fiz por conta da maldita esperança - a leve, aérea e pesada esperança, a própria.

alguém me disse que eu era orgulhoso. uma grande amiga, talvez duas. isso aconteceu numa conversa de bar, enquanto eu chocava algumas pessoas com minhas opiniões sobre outras pessoas. elas me diziam, assustadas com as palavras que saíam da minha boca: não podemos julgar os outros assim! desejar mal só vai te trazer coisas ruins blábláblá. se tem uma coisa que me irrita é esse papo. nêgo foi escroto enquanto pôde e agora vou dizer que desejo a felicidade para ele? porra nenhuma. quero mais é que ele se ferre por aí, para aprender a deixar de ser babaca. caso ele mude, um dia, mas não por enquanto, ele pode se dar bem. não tá certo ele se dar bem depois de sacanear os outros, não pode. posso até não gostar de um ou outro por aí, mas também não faço nada para sacanear ninguém. faço? isso tudo para dizer que tinha uma moça que eu não ia com a cara, achava arrogante e o caralho, mas agora eu gsoto dela, muito, mas pra quê? ela vai embora, quer dizer, já foi, ontem, para outro estado, trabalhar em uma universidade no sertão. nosso amor era recente (pelo menos o meu) e agora ela se foi. e não me venham dizer que ainda continuaremos amigos blábláblá, eu sei que podemos continuar, mas não teremos a convivência fácil e contínua que vínhamos construindo. nada de ligar e em cinco minutos encontrá-la para beber uma. orgulhoso? orgulho-me de não ser. rá!

ps1: pirei. tô ouvindo legião urbana o dia todo. queria ir no show deles, mas não dá mais, né? merda.
ps2: tá tudo bem, só está tudo fora do lugar. é assim mesmo e sempre será.
ps3: continuei sem falar nada. quer dizer, falei sim, mas ninguém vai entender nada mesmo. assim mantenho o princípio do blog.
ps4: queria tanto justificar os textos daqui, mas não sei como. o blogspot não deixa.

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