há tanto a dizer e nenhuma palavra. como traduzir os últimos dias? como contar-lhes as histórias que ouvi, os olhos que brilham em meio a pele marcada pela ação implacável do tempo? o tempo, único deus que acredito, este sim sabe de tudo. nunca fui fiel ao tempo, este inexorável, e padeço. purgatório, inferno e paraíso, todos juntos aqui e agora. como saber onde estou? não se sabe, essa é a regra, a primeira. a segunda? não se vai a lugar algum, apenas está. não há terceira, talvez nem primeira. há o tempo.