04/01/2008

Sobre água do mar

No dia 31 fui à praia. Tomei banho de mar, que estava calminho... só assutava ela, que temia a cada ameaça de uma onde de 10 centímetros. Precisava disso. Agora tenho uma supertição: banho de mar no último dia do ano para deixar as coisas ruins pra lá, no ano que ficou. Também ganhei uma folha de louro. Coloquei-a na carteira. Espaço é o que não falta. É incrível como que com um novo ano vejo possibilidades de fazer tudo como se fosse a primeira vez. Deveria ser assim sempre. A cada dia, cada mês... cada nova pessoa. Amanhã poderá ser um dia importante para mim. Amanhã poderá ser meia noite de primeiro de janeiro. Mas como saber o que vai acontecer? Não posso. Como vou fazer semana que vem quando voltar ao mundo real? Como farei se não poderei ver pelo menos dois filmes por dia. Nem falar pelo msn na hora do almoço ou fazer alguma coisa sem planejar. Deitar-me quando for amanhecer nem pensar! Gosto de ficar acordado de madrugada por dois motivos: o silêncio. Preciso do silêncio. E também porque me sinto adolescente. Lembro-me de quando entrava de férias no cólegio e podia dormir a hora que eu quissesse sem no dia seguinte ter nenhum compromisso. Leia-se aula chata. Lembro-me de, nesse período, anos atrás, só pensar em como seria o verão. Ir para a casa de praia da minha tia e ver meus primos. Vida comunitária por um mês. Mas a papelada me espera. Ela depende de mim e na segunda deveria estar renovado para dedicar-me integralmente ao trabalho que não fiz esse ano. Ao que deixei de fazer. O que adiei. Ao que prometi fazer. Talvez tenha a primeira promessa quebrada. Só tenho vontade de escrever e ver filmes. Encontros casuais também são legais. Mas desde que nada tão pesado. Quero coisas leves. No meu rádio toca bossa nova e não rock and roll. Por hoje preciso de paz. E a encontro nesse teclado velho e maltratado. Ou no dvd player. Um abraço apertado ou uma covinha pronta para um beijo. Uma conversa sem-fim. E trocamos confidências. A janelinha não subiu hoje. Talvez tenha sido melhor assim. Talvez. O telefone só tocou a música de sempre. Mas resolvi ligar. Todos estavam muito ocupados. Termino o post ouvindo "o velho e o moço"... O tempo me angustia. Câmbio desligo.

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