Às vezes sinto-me prestes a desistir
E no jogo perderei fácil
Deveríamos empatar, essa é a regra, minha, assim que desenhei
Levarás a lágrima que escondo, a última, derradeira
Tudo que construí, não podes fazer assim comigo
O sorriso não é bem o que pensas, dissimulo
As palavras não são minhas
Roubei as anotações de um outro cara que não existe mais
Fui o visitar e furtei suas anotações
As que estavam sobre a mesa
Sorri e lembrei do passado
Bobagem pensar naquilo tudo
Não podes mais, nunca mais
Levarás até o fim o que construiu
Do contrário terá que recomeçar
Até o dia em que não repetir os mesmo erros
Nesse dia poderá dizer, enfim:
"cheguei aonde pude, como eu queria, conforme deu"
Acusarão-te de mil coisas por aí, por conta disso
Mas nesse dia terás certeza do papel cumprido
E naquela praça, conforme imaginas,
o sorriso escondido surgirás com todo brigadeiro que merece
E será só você
E a bolsa cairá no chão enquanto o céu, com um azul jamais visto, te cegará
Irás renascer, creia nisso
E nesse dia não te dirão "tchau, preciso ir"
Não com tanto desdém
Escolherás ficar contigo
Vencerás, ainda que ninguém compreenda
2 comentários:
a cada tentativa os erros reinventam-se... forjam-se em outros tantos... inevitáveis e infalíveis...
ah... vc já tinha se revelado na prosa... quero mais poesia!!!
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