09/04/2008

Quem mandou mirar na lua?
Lá estava ela, em sua imensidão brilhante, fixa.
Fitava-me. Não pude desviar.
Encantou-me, cantou para mim e depois me deixou.
Esfregou a realidade na minha cara.
O problema não era o sangue. Não sofria por isso.
Não queria abrir os olhos agora.
Não agora que me encantei por sua cor.
O problema não foi sua fuga no alvorecer.
Não, não se tratava disso.
O que farei com o que sobrou?
Lua, seu brilho não será igual.
Seu brilho não é seu. Está comigo, roubei.

2 comentários:

N. disse...

de quem é?!

m. disse...

M.