E eu achando que era o paraíso...

Extensa área verde
Plantas cuidadas pela natureza
Dias quente e outros nem tanto
De lá podemos ver toda a cidade
Paisagens deslumbrantes
Paraíso?

E o que dizer das gélidas salas de tortura?
Não bastasse tudo o que se fala...
Não suportarei sem meus casacos
Pra chegar até lá não é fácil
Mas com um pouco de paciência podes conseguir

Quando me dei conta estava lá
E todo aquele verde!
Quantos homens e mulheres enganados!
E eu achando que era o paraíso...
Pobre de mim!
Sinto falta do purgatório
Pelo menos lá tinha os outros
Aqui estou...
Se engana quem pensa no inferno como um lugar quente,
sem verde.
Odeio a esperança!

E o cheiro?
Não se enganem, meus caros!
Cheiro de chifre queimado e enxofre é para diabos do século XIX!!!
A moda aqui é a poluição num laguinho ao redor disso aqui.
Uns chamam de baía, mas sei não...

Nesse stand diabo tem notebook,
funcionários... todos são prestadores de serviço!
(nada de carteira assinada!)
Dezenas deles, todos com seus olhos de ciclope.
Malditos!

Se o ônibus pra nos tirar daqui não demorasse tanto juro que fugia.